O teatro que o Éfeta quer apresentar para a Tenda de jovens está simplesmente lindo! Ainda mais agora que contamos com a presença de um profissional. O Bio (não sei se ele prefere que escreva Bio ou Bill, mas vou aportuguesar e escrever Bio rs) ele é muito bom no que faz. Dentre muitas formações dele, está a graduação em artes cênicas simplesmente na Eca-Usp...
Ele cobra muito da gente e dá para perceber que é porque ele quer que saia tudo lindo e mágico como ele imagina. Eu nunca assisti a uma apresentação como a que ele está propondo para nós, é de babar e de arrepiar. Toda vez que tem a cena em que todos os atores crucificam Jesus eu fico arrepiada. E consigo sentir ainda mais emoção quando Ele volta à vida. Acho que vai ser estouro do norte como diz o Ferreira.
Estou contente com esse rumo do Éfeta e estou muito animada. Eu realmente estou feliz e sinto orgulho de estar com aquele pessoal, sei da luta de cada um para estar ali, a minha luta de renunciar aos meus únicos dias de descanso da semana em meio a faculdade e emprego, a luta dos coordenadores que além de tudo preparam encontros e formações, a luta de quem ajuda e que mesmo sem nenhuma veia artística quer participar e não vão com o intuito de aparecer, mas de evangelizar. Os jovens que ali estão colocam o orgulho e a vaidade de lado. Muitos ali poderiam dar qualquer desculpa para não aparecer, mas batalham para estarem ali. Isso faz com que criemos afinidades e cada vez mais vejo um grupo de amigos querendo evangelizar e levar o amor de Cristo para outros jovens.
Eu mesma teria, tenho e sei que ainda vou ter muitos motivos para abandonar o grupo. Posso começar a colocar as vezes em que eu vi a Ju ou o Rafa abrindo mão de festas em família para darem formações. A Jú tendo que fazer formações em meio a um trabalho de faculdade que ela tinha para entregar. Eu tendo que remarcar encontros com um cara que eu gostava porque os encontros de sábado à noite dificultam os programas típicos da galera. Eu fiquei uns seis meses para poder sair com ele... Fora as decepções que eu tive e tenho com pessoas da Comunidade e do grupo. Tudo isso e mais um pouco eu poderia listar, mas eu não saí. Continuei firme, lutando, por compaixão de quem precisa mais do que eu.
Um dia eu posso precisar sair do grupo, não condeno quem quis seguir outro rumo, mas eu fico imaginando se para eles valeu a pena abandonar tudo isso, se agora estão bem. Peço a Deus que proteja a todos. Estava pensando nisso quando vi a magnitude desse teatro, o quanto poderemos fazer a diferença na vida das pessoas e na nossa.
Acho que Deus é muito bom comigo por me proporcionar tantas graças. Só peço para que Ele tenha compaixão de mim nos meus momentos de raiva e de fraqueza e me ajude a prosseguir com Ele sempre ao meu lado.
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